Educação = Tecnologia + Inovação
Dentro de uma perspectiva pedagógica autocrítica, às instituições de ensino (e professores/professoras) cabem assumir o papel de orientar e/ou mediar a trajetória única de cada estudante (na medida do possível e do razoável), considerando o fluxo não linear, individual e particular do aprendizado.
Reflito sobre isso ao perceber que se apresenta mais palpável a aprendizagem se considerarmos a existência de coletivos inteligentes, que concebem a adquisição de novos conhecimentos a partir de interações com pessoas que possam mediá-los. Ou um estudante não consegue aproveitar melhor um conteúdo e obter um melhor rendimento quando se reúne com seus pares para estudar?
Isso também me remete ao conceito de inteligência coletiva e como Lévy reflete sobre isso:
“É uma inteligência distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na humanidade, já que, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa” (LÉVY, 2007, p. 212).
(Blog Modernidade Intercultural, em A inteligência coletiva no contexto da cibercultura)
Nesse vídeo ele discute a A Inteligência Coletiva na Prática:
Nos comentários do meu post Arte digital, Yaimar Gonzalez, pondera:
E, então, retomo a presença do professor/da professora no ensino-aprendizagem, dessa vez, fundamentada na perspectiva de Lévy:
Não posso dar uma resposta universal sobre o que vai acontecer com os professores com a expansão da internet. A universidade vai conhecer muito mais transformações que o ensino fundamental. A escola primária, nos próximos anos, não vai sofrer grandes modificações. As crianças pequenas têm uma autonomia cognitiva muito pequena e quanto mais vão amadurecendo, mais pode haver autonomia. Acredito que continuará sendo necessário alguém para organizar o aprendizado, algo ligado à disciplina (risos). Isso não quer dizer que nenhuma inovação é possível. Nos EUA, há muitos pais que, utilizando a rede, ensinam as crianças eles mesmos, sem passar pela escola. Quer dizer, há recursos pedagógicos para complementar a educação.
(Revista Fórum: A caminho da inteligência coletiva)
Conceber a aula nessa perspectiva significa considerar a autonomia do estudante no sentido de autogestão do aprendizado, ou seja, saber gerenciar a capacidade de superar uma dificuldade sozinho ou mediado pelas outras pessoas.
Nesse sentido, ainda trazendo Lévy para a reflexão, a modalidade EAD (ensino aberto e a distância),
explora certas técnicas de ensino a distância incluindo hipermídias, as redes de comunicação interativa e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia, que favorece ao mesmo tempo as aprendizagem personalizadas e a aprendizagem coletiva em rede. Nesse sentido, o professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência coletivas de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimento.
(LÉVY, 1999, p. 158)
Uma inovação ao Ensino À Distância são os MOOC (Massive Open Online Course) ou cursos online abertos e em massa.
(Imagem retirada de: https://www.ifsertao-pe.edu.br/index.php/a-instituicao/noticias-em-destaque/9172-mooc)
Num artigo de 2013 da Associação Direito de Aprender, iniciativa de educadores de Portugal, para promover e debater a educação/formação como um direito inalienável das pessoas adultas, tive a dimensão de que esta é uma realidade nas Instituições de Ensino Superior ao redor do mundo.
Em Aprender em Cursos Abertos na NET para Todos - MOOC vemos que diversas transformações ocorrem no que diz respeito à abrangência/alcance dos cursos, custos/mensalidades das disciplinas, duração dos cursos, forma de mediação do conhecimento e recursos pedagógicos.
Infinitas possibilidades para aprender e ensinar!
** Aula de 25 de setembro
Muitas inovações tecnológicas a cada dia, também muitas para a área educacional. Precisamos conhecê-las, fazer a crítica a elas e utilizar aqueles que apresenta potencialidade para desenvolver os processos de aprendizagem dos nossos alunos e a inteligência coletiva.
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