Qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?


Respondendo à pergunta do título: foi durante a última aula do componente, quando experimentei usar um software editor de imagem, o Inkscapferramenta de desenho vetorial de código-fonte aberto similar ao Corel Draw -, diferente do qual eu já usava comumente. Dá pra baixar através o link https://inkscape.org/ .


(imagem retirada de : https://opiratadigital.wordpress.com/2013/02/07/inkscape-ferramenta-profissional-a-custo-zero/)

Aproveitei para elaborar o cartaz para o projeto de uma das escolas em que trabalho. 
(Infelizmente não será utilizado na atividade, porque, depois que compartilhei com a coordenação da escola, percebemos alguns erros. Não houve tempo de revisar o cartaz e enviar para a gráfica, 😞😞😞)

Não foi fácil navegar, contudo, por ser, em certa medida intuitivo, aos poucos consegui dominar e dar vazão à criatividade. Por um momento senti vontade de retornar ao software habitual e a justificativa era por que eu já estava acostumada... Lembrei de uma aula de algum componente desse da vida, que cursei em semestres anteriores, no qual tratamos sobre o conceito de normose: um conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social que, na realidade, são patogênicos em graus distintos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de sentido na vida.

Guardadas as devidas proporções, quando a gente não se lança a buscar novas alternativas ao que está posto, tendemos a seguir um comportamento normótico. A gente vai achando normal utilizar os softwares proprietários, sem ponderar que, na realidade, é tudo uma questão econômica e política para manter e ampliar o poder (leia-se dinheiro).

psicólogo e antropólogo brasileiro Roberto Crema discute a normose enquanto patologia:


No artigo da Superinteressante, A doença de ser normal,  a filósofa Dulce Magalhães acredita que a cura para a normose está em mudarmos de modo mental, abandonando o modelo da escassez, que hoje rege o mundo, e abraçando o da abundância. Ela explica: 

“Desde a infância, aprendemos que o que vem fácil vai fácil e que, se a vida não for difícil, não é digna. Precisamos mudar isso e entender que esforço não é tarefa.”

Encaremos, então, a mudança de paradigma como uma forma de sairmos do padrão normótico. E, por que não, começarmos abandonando os softwares proprietários?




***Aula de 16.10.2019





Comentários

  1. Não conhecia o termo, fiquei com vontade de ler mais sobre o tema.
    Vemos como não é impossível sair dos padrões que, nem percebemos como eles foram impostos nas nossas vidas e achamos que são "únicos e melhores", mas ás vezes nem temos espaços para conhecer outros, usar e discutir sobre eles.
    Ficou massa sua produção de cartaz, mas senti falta na postagem de fazer link com ele (no conteúdo), apenas foi um exemplo?, vai ser usado realmente nessa atividade?.
    Acho que também voce poderia colocar o nome do software para os outros ter conhecimento, talvez o link onde descarregou ele.

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    1. Somos normórticos e nem não damos conta... Eu realmente me passei de mencionar o nome do programa, mas vou acrescentar!
      O cartaz não será utilizado, por que contem erros e não corrigi a tempo de mandar pra gráfica... Vou revisar a postagem com as intervenções que você fez. Obrigada!

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  2. Ficou massa o cartaz! E viu como podemos sair da mesmice e produzir coisas super interessantes, descobrir alternativas que nos colocam num outro lugar, mais consciente, crítico e autoral. Em frente!

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    1. É isso mesmo! O problema é que não estamos dispostos a investir energia. É mais comum/fácil nos comportamos como "usuários" e não como "interagentes".

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