A Inclusão digital e os Cursos de Informática
Há algum tempo já nos habituamos a utilizar a popularizada expressão "inclusão digital", contudo, ainda insuficiente para dar conta das potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e das possibilidades de acesso a estas, bem como no que diz respeito à transformação social.
Por vezes termo "inclusão digital" se restringe ao treinamento de pessoas para o uso dos recursos tecnológicos de comunicação digital e é aí que reside algumas de suas ambiguidades, contradições e implicações.
Eu lembro que entre os anos de 1999 e 2002 (ou 2003) a maior parte dos meus primos e amigos já estavam matriculados nos famosos “cursos de informática”. Eu mesma ganhei uma bolsa de 50% no valor da mensalidade para aprender a utilizar o pacote Office e a internet.
Os nossos pais acreditavam que este era um investimento importante para o nosso ingresso no mercado de trabalho.
Alguns ainda fizeram o curso profissionalizante de manutenção de microcomputadores, objetivando aproveitar o boom dos computadores pessoais. Tudo isso sob a justificativa da inclusão digital.
Foi uma grande expansão do mercado de treinamento de pessoas para o uso das TIC e muitas empresas se consolidaram nessa época.
Muitas delas nem existem mais, se converteram em cursos profissionalizantes em diversas áreas ou ofereçam cursos no módulo avançado do pacote Office, design gráfico, entre outros. Entretanto, não imagino como essas empresas se mantém, uma vez que todo esse conteúdo é facilmente encontrado no Youtube.
E por falar em Creative Commons, comentei sobre essas licenças na postagem De quem é esse texto?
E por falar em Creative Commons (2), esse tema gera polêmica e controvérsias há muito tempo! Leia:
**Aula de 6/11/19
Pois é, como vivemos na época do disponível, não tem mais sentido falar em curso de informática. O que precisamos é de processos formativos mais amplos, para compreensão do contexto tecnológico, dos interesses e possibilidades que estão postos hj, em sociedade.
ResponderExcluirRealmente! É curioso como alguns destes cursos permanecem no mercado.
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