Linux Educacional
No site O Sistema Operacional GNU temos a
seguinte definição para Software Livre:
Por “software livre” devemos entender aquele software que respeita a liberdade e senso de comunidade dos usuários. Grosso modo, isso significa que os usuários possuem a liberdade de executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software. Assim sendo, “software livre” é uma questão de liberdade, não de preço.
Para contextualizar, vale explicar qual o sentido de "liberdade" mencionada na definição:
As quatro liberdades essenciais
Um programa é software livre se os usuários possuem as
quatro liberdades essenciais:
- A liberdade de executar o programa como você desejar, para qualquer propósito (liberdade 0).
- A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo às suas necessidades (liberdade 1). Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito.
- A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar outros (liberdade 2).
- A liberdade de distribuir cópias de suas versões modificadas a outros (liberdade 3). Desta forma, você pode dar a toda comunidade a chance de beneficiar de suas mudanças. Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito.
Um programa é software livre se ele dá aos usuários todas
essas liberdades de forma adequada. Do contrário, ele é não livre. Enquanto nós
podemos distinguir vários esquemas de distribuição não livres em termos de eles
falham em serem livres, consideramos todos eles igualmente antiéticos.
Bem bonito, se assim fosse realmente utilizado nas escolas brasileiras... O Programa Nacional de Informática na Educação -
PROINFO (2007), que surge para atender as políticas públicas federais de inclusão digital e de uso
do software livre, implanta o Linux Educacional, uma adaptação de
outras distribuições GNU/Linux, que promete respeitar as quatro liberdades essenciais, no entanto, o modelo de
desenvolvimento não cumpre plenamente os
princípios do software livre. A participação da comunidade em termos de desenvolvimento do software é restrita, cabendo apenas
um grupo com tal habilidade/conhecimento. Ao usuário é dado o direito de enviar contribuições a esse grupo, reproduzindo a lógica
do software proprietário
No canal Diolinux, o youtuber Dionatan Simioni apresenta o vídeo Linux Educacional - Análise e Crítica, apontando as potencialidades e pontos de atenção do Software utilizados nas escolas brasileiras. O vídeo quase 30 minutos, mas super vale a pena assistir.
Vou deixar um spoiler:
1. Ele Chama o Linux Educacional de “Gambiarra ambulante” –
pois é imposto às escolas, pois é vetado escolher o que será instalado nos
computadores;
2. Ele diz que as versões atuais do Linux Educacional que
são fornecidas pelos governos estadual e federal possivelmente foram
configuradas por pessoas que nunca estiveram em sala de aula enquanto
professores;
3. Falta de preparo dos profissionais que gerenciam os
laboratórios de informática equipados computadores que rodam Linux Educacional;
Tudo isso, ele conclui, que desestimula os professores a
usarem o Linux Educacional.
Àqueles e àquelas profissionais (leia-se nós, professores e professoras) que tem o mínimo conhecimento sobre as potencialidades do Linux Educacional exigir que as adaptações contemplem cada uma das escolas de forma ampla e garantir o uso efetivo desse softwares.
*** Aula de 23/10/2019
Entendo que os principais problemas com o Linux Educacional são: não ter uma comunidade de desenvolvedores aberta, e não haver política pública de formação de professores para o uso, e não apenas uso técnico, e sim de compreensão da importância desse tipo de tecnologia nas escolas brasileiras.
ResponderExcluirDe fato, Bonilla! As reflexões do vídeo foram superficiais nesse sentido... Contudo, aproveitei a crítica como uma provocação os professores do ensino básico, inclusive eu.
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